sexta-feira, 20 de abril de 2018

                         Teatro da Paz Limeira
No interior, havia platéia, camarotes de primeira e segunda classe e galeria, dispostos em três andares. Concluída posteriormente, a fachada possuía seis pilastras encimadas por capitéis jônicos modernos (segundo a Enciclopédia de Diderot e d’Alambert, vol. 18), com guirlandas entre as volutas, que dividiam a estrutura em cinco seções verticais. Horizontalmente, é possível apontar três partes: na inferior estavam as portas de acesso – ao centro, a entrada principal encimada por motivos fitomórficos; na extrema direita, a bilheteria. Na faixa mediana, podem-se ver janelas decoradas do tipo balcão, maiores e com guardas de ferro nas três centrais. Na porção superior estava o frontão triangular decorado por diversos elementos em relevo: ao centro, dois anjos seguravam uma espécie de coroa de plantas com uma estrela (possivelmente símbolo do Reino do Brasil, vitorioso); abaixo, uma plataforma com diversos instrumentos, alegoria à arte da música, com uma partitura do Guarany, obra de Carlos Gomes; desta, partiam, para cada lado, dois arabescos em forma de voluta com motivos de plantas. Nas extremidades e no centro, colunas sustentavam liras, instrumento musical clássico.

Depois de concluído, a associação proprietária doou o Teatro para a Santa Casa de Misericórdia de Limeira, para que recebesse donativos com a renda dos aluguéis e apresentações.Entretanto, buscando conseguir maior renda com o teatro, a Irmandade da Santa Casa decidiu por demoli-lo em 1938, a fim de construir no lugar um prédio moderno, estando à frente os Drs. Waldemar Mercadante e Wladimir do Amaral. Assim, no 
mesmo local do antigo prédio, foi edificado o Cine Vitória, inaugurado em 31 de outubro de 1940.

Em 1996, o Cine Vitória passou por reformas, recebendo um espaço para exposições e transformando-se, novamente, em Teatro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário